* É neste momento que aparece aquele conflito: não saber se o aperto no peito que se sente nos sábados à noite e nas manhãs frias – aquelas em que tudo o que você deseja é um abraço – é saudade dele ou saudade de estar com ele.
* Não acho que o amor nasça apenas da convivência, mas sei que ele não surge do nada e que só se manifesta quando duas pessoas apaixonadas, e dispostas a se entregar, se conhecem sem edição.
* Será que a carência justifica? Será que encostar a cabeça em outro peito e sentir outras mãos fazendo cafuné esquentaria o coração do mesmo jeito? Eu não sei. Nem sei se um dia vou descobrir.
• E depois vêm as lembranças, os pequenos detalhes e os signos assimilatórios que só você conhece. E, de repente, o mundo parece estar conspirando para que “ele” não saia da sua cabeça. No trabalho, na sala de aula, no restaurante e até na banca de jornal. Até o seu chiclete favorito vira fã dele.
Duvido que você nunca tenha refletido sobre isso, afinal, é sempre assim!
Eu não sei por que sinto que tudo sempre caminha para o lugar certo. Eu nem mesmo sei se esse local existe. Muito menos sei dizer se o certo existe. Bobagem, é certo que o quê é certo existe. Existe para todo mundo, mas não é o mesmo de todos. O certo é relativo e nem um pouco relativamente atrativo: a atração é total! Atrai tanto que muitos não fazem outra coisa da vida senão correr atrás dele e esquecem-se de viver (porque a vida não é o certo). Ao contrário,é pelas incertezas que vivemos; se tivéssemos certeza de tudo, não teria graça, não teria atrito, não teríamos brigas, nem discussões, nem confrontos, nem motivo pra pensar em defesas de pontos de vista, muito menos diferenças; não teria aperto de mão, e nem sorrisos, e também não abraços. Beijos de desculpa? Aqueles mais gostosos e cheios de afeto? Not. Gente diferente pensando diferente fazendo a diferença pra termos um mundo diferente. E eu aqui. Querendo. achar explicações. Achar. o certo. Me achar. Justo. eu que me acho. inexplicavelmente diferente. e incerta. Vai. Entender. Vai ME entender...
Na semana passada quando assisti Elefante (EUA, 2003 – Direção de Gus Van Sant) várias coisas me passaram pela cabeça. O ritmo lento do filme e os retalhos que são apresentados e que formam uma colcha após os 81 minutos do longa nos dão um bom tempo para reflexão.
A escola é uma das poucas instituições pelas quais todas as pessoas passarão um dia e durante a mesma fase da vida. Não importa quais sejam os lugares, cidades ou estruturas, o sentimento em relação ao termo ‘escola’ traz sempre muitas lembranças (boas ou ruins).
Deu pra reconhecer rostos familiares em cada um daqueles grupinhos apresentados: das minhas amigas que levavam estojos de maquiagens para as salas de aula ainda na pré-adolescência à nerd, que no meu caso era um menino a quem eu chamava carinhosamente de Watson, em referência ao companheiro do mais famoso detetive da literatura inglesa.
O filme deixa explícito o que muitos pedagogos tentam explicar aos pais que querem alfabetizar seus filhos em casa: na escola eles não aprenderão apenas Português, Matemática ou Ciências Sociais, mas também, e principalmente, aprenderão a conviver em sociedade e a respeitar regras.
Os conflitos sociais e psicológicos começam a surgir, no filme e na vida, quando alguns alunos percebem que além da instituição eles também podem estabelecer, paralelamente, as suas regras. Assim são formados os grupinhos, panelinhas e irmandades. Quando alguém não se encaixa em alguma delas, sente-se rejeitado pelo meio e é esta a principal questão que dá razão ao filme.
Foi essa sensação que levou os dois meninos a planejarem e executarem assassinatos em massa no colégio onde estudavam. Um presente incômodo e indesejado às pessoas que os rejeitaram a vida toda. Uma coisa enorme e incomum que não serviu para nada, porque matar as pessoas não apagou as lembranças das palavras e gestos de rejeição um dia sofridos. O ato foi um elefante. Branco.
Longe de mim defender o Carnaval. Como roqueira chata que sempre tive orgulho de ser, a festa do samba, do frevo, do forró e de tantos outros ritmos ‘tipicamente brasileiros’ pra mim não passa de mais um feriado nacional.
Este editorial, lido pela jornalista paraibana Rachel Sheherazade, pipocou diversas vezes na minha timeline nos últimos dias, vídeo compartilhado por diversas pessoas. Assisti. Não tem como discordar da visão dela, mas se ela estava criticando o paradigma de que o Carnaval é uma festa popular, acabou apenas criando outro dizendo que o Carnaval é uma festa para ricos. Não, nem oito nem 80.
As grandes verdades
1ª) Ela diz que o Carnaval não é uma festa genuinamente brasileira por ter surgido na Europa. Seguindo essa linha de raciocínio o Brasil também não é o país do futebol. 2ª) O Carnaval é uma festa dos ricos, não é uma festa popular. Bom, então se julgarmos só pelo fato de existirem locais que cobram caro por suas festas nenhuma será popular. Nem o Natal.
Pão e Circo
Ela diz com propriedade “milhões de reais são gastos para garantir o circo à população que não tem se quer o pão”, a referência está perfeita e é isso mesmo, o Governo proporciona diversão a população para que não se preocupem com ‘as coisas sérias’, foi assim na Roma antiga e não evoluímos muito. Está errado? CLARO que está! Mas essa é uma questão muito distante do Carnaval...
Bandas
Quanto aos artistas cobrarem por suas apresentações, o que tornaria a festa menos popular, não preciso nem comentar, né? Ou será que ela está lendo esse editorial de graça, paga apenas pelo bem moral que está fazendo ao público ao lhes abrir os olhos para ‘o verdadeiro Carnaval’? Não, não está. Ninguém trabalha, nem deve trabalhar, de graça.
A música
Ela se indigna com a boa música sendo calada por hits do momento. Parece que é uma ação automática à chegada do Carnaval e que não acontece em outras épocas do ano. Balela. Hits ridículos tocam o ano todo e por um só motivo: porque as pessoas gostam!
Segurança e saúde
Não vejo qual o absurdo em ambulâncias trabalharem nos locais da festas de Carnaval. Se há concentração de gente, a probabilidade de acidentes é grande. O sistema de saúde brasileiro também está longe de ser razoável, mas se essas unidades de emergência não estivessem presentes nessas áreas o problema seria muito maior. O mesmo se aplica à segurança.
Economia
Contra fatos não existem argumentos: a renda dos comerciantes ambulantes aumenta em dias de festa, pois há uma maior circulação de pessoas pelas ruas. Isso não quer dizer que os ambulantes não trabalham o resto do ano ou que é uma maravilha que resolve todos os problemas, é só um fato que não deveria ser tratado como absurdo.
Resultados da festa
As pessoas só bebem, transam sem camisinha e engravidam no Carnaval. Só no Carnaval. Hipocrisia.
Como conclusão, acho que valeu pela lembrança de que nem tudo é festa no Carnaval. Mas também, reitero, não é o absurdo pintado por este editorial. Num próximo post escrevo as minhas impressões sobre a festa, já que neste apenas refutei os argumentos da minha colega paraibana. Essa mania de jornalista achar que pode falar com propriedade sobre tudo é um problema...
Entrevista da astróloga Carol Borges ao Programa “Elas por elas” da Rádio Gazeta AM, de São Paulo, ancorado por Jéssica Guimarães e Giorgia Cavicchioli. Como nós duas temos uma visão de mundo parecida, divido com vocês esses minutos de sabedoria com a minha famosa "tia astróloga".
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O poder aquisitivo da classe C está crescendo, a ponto de vermos no país o surgimento de uma nova classe média. Essas pessoas passaram a ter acesso a uma linha de crédito mais abrangente, o que possibilitou a compra de bens duráveis de maior valor agregado.
Enquanto isso, ou se aproveitando disso, o valor das passagens de transporte coletivo só aumenta. Chegando a porcentagens maiores do que a inflação, e na proporção inversa à qualidade do serviço prestado. Não falo mal do metrô, salvo a demora para inauguração das linhas e o tempo de funcionamento das novas estações, mas os ônibus deixam a desejar: poucos veículos, itinerários complicados, funcionários despreparados e ambientes sujos.
Agora imagine se você tivesse todo dia que suportar as dificuldades impostas pelo transporte público e percebesse que tem a possibilidade de finaciar um carro. Sim, assumir esse crediário parece uma solução divina.
Todos os seus problemas estariam acabados se São Paulo não possuísse uma frota de carros superior ao número de habitantes da maioria das cidades brasileiras. Não há infraestrura nessa cidade para isso. Trocar o metrô lotado pelo engarrafamento demorado, uma divida de anos, a preocupação com o rodízio, a alta dos combustíveis mais o seguro/estacionamento/zona azul, talvez não seja a melhor opção.
Parece, e é, um beco sem saída. O paulistano não tem para onde correr (quase que literalmente). Acho importante prestarmos atenção nisso para cobrar da administração pública de forma consciente. Precisamos URGENTEMENTE de investimento no transporte público, principalmente em linhas de metrô e manutenção das vias.
‘O povo’ precisa ter a consciência de que não é apenas dos políticos a responsabilidade por melhorar São Paulo (e todas as cidades). Também cabe a nós, mesmo que não possamos colocar as idéias em prática neste momento, pensar e estudar o que é melhor para ela. Reclamar sem ter noção das dificuldades enfrentadas quando se administra grandes e populosos locais é muito fácil. E de reclamações São Paulo já está saturada.
Metrô
É preciso colorir esse mapa...
A curto prazo, não precisa ser como o de NY...
Quem sabe como o de Moscou?! Adoro esse, principalmente pelo traço marro que circula o centro da cidade.
- Arrumando uns papéis antigos, encontrei um texto que escrevi há cerca de dois anos mas que trata de um tema atemporal. Ele destoa um pouco da linha que venho seguindo nos posts, mas se refere a um dos meus assuntos preferidos. Um pouquinho de esoterismo e conhecimento do Universo não faz mal a ninguém, né?
Dos 7 princípios heméticos, apresento o 6º - Causa e Efeito
O principio da causa e do efeito é o 6º descrito por Hermés, o Trimegistono Kybalion. Ele nos traz a reflexão de que o que acontece hoje pode ser apenas o resultado de uma ação praticada anteriormente.
Em outras palavras, significa que não há ações isoladas, que tudo acontece por um motivo (normalmente criado por nós mesmos), ainda que ele não pareça claro no momento. Não existe acaso – o acaso é a Lei em movimento.
Quando desejamos, genuinamente, determinada coisa, estamos emitindo vibrações para que ela se concretize. O TODO é mental, e é através de vibrações que o alcançamos.
Sempre que um acontecimento novo te surpreender, pare e reflita: “Como foi mesmo que isso ocorreu?”, uma breve retrospectiva certamente te levará à gênese do assunto e você perceberá que um dia desejou algo ao menos parecido, quase que involuntariamente...
Leitura na íntegra dos 7 princípios no Kybalion. (Em espanhol):
Caymmi disse e meus queridos Novos Baianos repetiram que “quem não gosta de samba bom sujeito não é”. Meus amigos vivem repetindo que “quem não gosta de Chico bom sujeito não é”. Definitivamente, eu não sou uma boa sujeita.
Caso difícil, complicado, de moça que gosta de Rock’n Roll e não abre a cabeça para esses ritmos mais alegres. Respeito samba, respeito Chico, principalmente pela história e pela poesia, mas não morro de amores.
(...)
Como dizia o poeta (Vinicius de Morais)
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
(...)
Mas Vinicius é outra história. Não sou da boemia e muito menos conivente com a vertente machista do poeta. Só que não dá pra fechar os olhos pra esses versos incríveis. Como discordar de que mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão? Impossível.
Sim sou um caso difícil, mas não perdido. Tipo Dr. House...