23 junho 2009

Me atrevo a 'poetar'

Subway
(Bruna Moraes)

Olho em torno e reparo
Rostos, roupas, regras
O correto e o incerto
Dividindo o espaço
Com o underground tradicional
Percebo olhares estranhos
Frente a minha pena inquieta
Cabelos brancos, bota plataforma vermelho-sangue.
Dois mundos coibidos à coexistência
Se repelem
Pólo negativo se afasta
- sábado á noite, sentido sul –.
Considera-se na estratosfera errada

Barulho - entra e sai
Velocidade constante
Mais Barulho – abre e fecha
Mais mundos se cruzam
Sem possibilidade, nem tempo, de encontro.
Futebol, política, culinária.
Surpreendo-me com a forma como
Os universos misturam-se
Desperto, a viagem terminara:
Olhos pra trás
Reparo na cor dos olhos do elétron repelido
Me assusto / identifico
Olho pra frente
Os pólos positivos agrupam-se
Seus órgãos sensoriais cruzam-se
Numa molhada transação
Me assusto / Não me identifico
Uma voz me sopra ao ouvido:
It isn’t the end.
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