Desde criança eu sempre me identifiquei bastante com movimentos políticos. Cresci assistindo pela tv as eleições, acompanhando políticos, e desejando crescer logo para poder votar e “fazer a minha parte”. Quando comecei a estudar a história política do Brasil, me deparei inúmeras vezes com manifestações das quais eu gostaria de ter feito parte, como a “Revolução Constitucionalista de 1932”, todo e qualquer ato rebelde à Ditadura Militar, o “Movimento dos Caras Pintadas”, etc.
Me lembro que há alguns anos, quando os deputados almejavam aumentar seus salários em 100%, houve uma manifestação no centro da cidade. Eu assistia pela tv, e não tive dúvidas, liguei para a minha mãe e disse: “To indo pro centro, mãe”, claro que ela não permitiu... Eu não tinha nem 15 anos, não sabia andar sozinha pela cidade e ainda por cima ia me meter no meio de um monte de baderneiros. “Não, não pode!”
Os anos passaram, tirei meu titulo de eleitor 20 dias após ter completado 16 anos, tentei me filiar a um partido em seguida, mas não pude. Votei pela primeira vez com 17 anos e foi uma felicidade incrível entregar meu titulo, digitar o número do candidato, apertar o verde e depois assinar abaixo do meu nome e RG. Finalmente eu me sentia uma cidadã completa.
Mas a situação política do Brasil não melhorou, pelo contrário, aqueles que sempre disseram que mudariam o país se estivessem no poder provaram que “político é tudo farinha do mesmo saco”, ao cometerem os mesmo erros dos outros, e com agravantes como a ganância e a falta de perícia. Como diz a máxima popular: “O Brasil é o país da piada pronta”, tirinhas pra quê? O noticiário político já é, por si só, divertido o suficiente!
Mais tempo se passou, e junto dele mais escândalos aqui no PaTroPi, as manifestações políticas eram programadas por grupos políticos com ideologias radicais, com as quais eu pouco ou nada concordava. Tive oportunidade de me filiar e participar ativamente de muitos partidos, mas não era pra mim, eu não acreditava naqueles discursos que conquistaram operários no século XIX, e que já estavam gastos. Eu quero idéias novas!
Conforme o tempo passa, ganhamos consciência, e eu nunca desisti de lutar pelo Brasil, e sempre que vejo algum desses escândalos repugnantes nos jornais penso comigo: “Será que eu terei de ir lá para mudar alguma coisa?!” E vou sim, mas não agora...
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