O Guardião do Baú
Sylvio Passos, amigo e fundador do fã-clube oficial
de Raul Seixas, dedica sua vida a preservação da memória do ídolo
de Raul Seixas, dedica sua vida a preservação da memória do ídolo
“As coisas do Raul sozinhas não fazem nada”. É com esse pensamento que o paulistano Sylvio Passos dedica a sua vida à conservação e promoção da obra do baiano Raul Santos Seixas. Sobrevive com o seu trabalho como produtor, o que lhe absorve integralmente o tempo, e não traz o retorno financeiro estimado por quem o observa lidando com a obra do pai do rock brasileiro.
Aos 17 anos, Sylvio Passos era apenas mais um fã de Raul Seixas. Foi nessa época que surgiu a ideia de montar um fã-clube para o ídolo. Por meio de um anúncio no jornal, conseguiu o telefone da casa de Raul e resolveu ligar: “Alô, Raul? Aqui é o Sylvio...” e Raul lhe respondeu: “Sílvio? Sílvio Santos? Sim, eu aceito tocar no seu programa!”. Após desfazer a confusão, contou que pretendia fundar um fã-clube em sua homenagem e, surpreso, Raul o convidou para um almoço em seu apartamento, em São Paulo, local que Sylvio passaria a frequentar assiduamente durante os anos seguintes.
Hoje, aos 46 anos, Sylvio é a principal fonte quando o assunto é Raul Seixas. Foi a ele que Raul confiou o seu baú pessoal, recheado de todos os tipos de objetos – de cadernos escritos durante a infância a roupas e letras de músicas inéditas. “Nós éramos amigos e ele confiava muito em mim, me entregava tudo. Até o dinheiro dele ficava comigo”, conta. Além disso, seu acervo possui outros objetos que lhes foram doados pela mãe, pelas ex-mulheres e pelos amigos do cantor baiano.
Tido por muitos como o filho homem que Raul não teve, para explicar essa relação, Sylvio cita uma frase que escutou de Dona Maria Eugênia, mãe do Maluco Beleza: “Sylvio, Raulzito gosta demais de você e eu sei que você aprende muito com ele. Mas, mesmo sendo um garoto ainda, nunca se esqueça que ele também aprende muito contigo.“ A diferença de idade logo foi deixada de lado assim como a distância fã-ídolo.
Sylvio faz o que pode para manter viva a obra de seu grande ídolo e amigo: já produziu CDs com músicas inéditas, escreveu livros, incentiva e promove shows de covers, além de participar ativamente de comunidades virtuais e manter o “Raul Rock Club”, maior fã-clube do país, por quase 30 anos, tendo encerrado oficialmente as suas atividades em 2009 devido a confusões na justiça referentes aos direitos autorais.
Todo o seu acervo de material “raulseixista” faz parte da “Expo Raul”, exposição organizada por ele que viajou várias partes do país. “Raul não me entregou todo esse material para eu guardar em casa porque eu sou um fã-colecionador. O cara me passou uma grande responsabilidade e eu tenho que passar isso para frente”, deseja Passos.
Sylvio está envolvido atualmente com dois projetos: o lançamento do documentário “O início, o fim e o meio” do diretor Walter Carvalho, com estreia prevista para o mês de outubro, e no auxílio ao escritor Edmundo Leite, que há cinco anos pesquisa a vida e a obra de Raul para escrever biografia, tida como a mais minuciosa e detalhada publicada até hoje.
Aos 17 anos, Sylvio Passos era apenas mais um fã de Raul Seixas. Foi nessa época que surgiu a ideia de montar um fã-clube para o ídolo. Por meio de um anúncio no jornal, conseguiu o telefone da casa de Raul e resolveu ligar: “Alô, Raul? Aqui é o Sylvio...” e Raul lhe respondeu: “Sílvio? Sílvio Santos? Sim, eu aceito tocar no seu programa!”. Após desfazer a confusão, contou que pretendia fundar um fã-clube em sua homenagem e, surpreso, Raul o convidou para um almoço em seu apartamento, em São Paulo, local que Sylvio passaria a frequentar assiduamente durante os anos seguintes.
Hoje, aos 46 anos, Sylvio é a principal fonte quando o assunto é Raul Seixas. Foi a ele que Raul confiou o seu baú pessoal, recheado de todos os tipos de objetos – de cadernos escritos durante a infância a roupas e letras de músicas inéditas. “Nós éramos amigos e ele confiava muito em mim, me entregava tudo. Até o dinheiro dele ficava comigo”, conta. Além disso, seu acervo possui outros objetos que lhes foram doados pela mãe, pelas ex-mulheres e pelos amigos do cantor baiano.
Tido por muitos como o filho homem que Raul não teve, para explicar essa relação, Sylvio cita uma frase que escutou de Dona Maria Eugênia, mãe do Maluco Beleza: “Sylvio, Raulzito gosta demais de você e eu sei que você aprende muito com ele. Mas, mesmo sendo um garoto ainda, nunca se esqueça que ele também aprende muito contigo.“ A diferença de idade logo foi deixada de lado assim como a distância fã-ídolo.
Sylvio faz o que pode para manter viva a obra de seu grande ídolo e amigo: já produziu CDs com músicas inéditas, escreveu livros, incentiva e promove shows de covers, além de participar ativamente de comunidades virtuais e manter o “Raul Rock Club”, maior fã-clube do país, por quase 30 anos, tendo encerrado oficialmente as suas atividades em 2009 devido a confusões na justiça referentes aos direitos autorais.
Todo o seu acervo de material “raulseixista” faz parte da “Expo Raul”, exposição organizada por ele que viajou várias partes do país. “Raul não me entregou todo esse material para eu guardar em casa porque eu sou um fã-colecionador. O cara me passou uma grande responsabilidade e eu tenho que passar isso para frente”, deseja Passos.
Sylvio está envolvido atualmente com dois projetos: o lançamento do documentário “O início, o fim e o meio” do diretor Walter Carvalho, com estreia prevista para o mês de outubro, e no auxílio ao escritor Edmundo Leite, que há cinco anos pesquisa a vida e a obra de Raul para escrever biografia, tida como a mais minuciosa e detalhada publicada até hoje.
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