16 janeiro 2013

Eu lembrei de contar a história do último post porque li nessa semana, com uns meses de atraso, admito, o livro “Nunca fui santo”, que o Mauro Beting escreveu com base no depoimento de São Marcos.

"PQP é o melhor goleiro do Brasil!"
Achei o livro emocionante, embora esperasse um pouco mais de detalhes pessoais e menos estatísticas. Como já era de se esperar, no papel, o depoimento ficou menos carismático do que nos meios audiovisuais, em que estamos mais acostumados a vê-lo.

O cara é o maior ídolo da minha geração. Foi o protagonista das conquistas em que eu mais vibrei. Vê-lo relembrando a campanha vitoriosa do Palmeiras na Libertadores de 1999 e os bastidores da defesa do pênalti do Marcelinho na semifinal da competição do ano seguinte – que foi tão comemorada como se fosse um título – encheu meus olhos de lágrimas. Além do riso incontido com as histórias divertidíssimas de sempre. Figura.

Destaco um momento que eu achei surpreendente: no capítulo sobre a Copa de 2002, São Marcos relembra que após a vitória sobre a Inglaterra nas quartas de final, o Felipão disse que, embora não fosse a mesma coisa, aquela vitória tinha um gostinho de revanche do Mundial de Clubes de 1999, em que o Palmeiras foi derrotado pelo Manchester United. Além do goleiro e do treinador, outros quatro integrantes da Seleção defendiam o Verdão na disputa contra a equipe inglesa.

No final do livro, percebi que além de meu ídolo como goleiro, ele também faz parte de um grupo de pessoas que eu admiro independentemente da profissão: aquelas que correm atrás dos seus sonhos. O menino palmeirense que jogava bola nos campinhos de terra batida de Oriente trabalhou muito conseguiu se consagrar no clube de coração e entrar para um hall restrito de ídolos do time do Palestra Itália.

Lendo a história dele fica nítido que nada acontece por acaso, que tudo na vida tem um porquê e que não existe acaso.

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